O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, reunido no seu II Conselho Coordenador que decorre de 17 a 19 de Agosto corrente, na cidade da Beira, na província de Sofala, destaca a transferência da tecnologia de vermicompostagem como uma marca à consolidar na cadeia de transferência de tecnologias às comunidades, através do Centro de Investigação e Transferência de Tecnologias para o Desenvolvimento Comunitário (CITT).
O vermicomposto, produto resultante da tecnologia de vermicompostagem, é um fertilizante orgânico “amigo do ambiente” que pode ser produzido pelo produtor e adquirido à custos relativamente baixos.
Nessa linha, através do CITT, foram capacitados 4.185 pessoas em técnicas de produção e uso de vermicomposto, com destaque para cerca de 3000 Agricultores, 16 Docentes, 217 Extensionistas, e 967 Jovens, Empreendedores e Estudantes das Províncias de Gaza, Manica, Sofala, Zambézia, Tete e Nampula.
Subordinado ao lema “Conhecimento Científico e Inovação na Era Digital, Impulsionando o Desenvolvimento Sustentável”, o segundo Conselho Coordenador do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, apreciou o balanço de meio-termo do desempenho e dos resultados do Programa Quinquenal do Governo 2020-2024 (PQG 2020-2024) nos domínios da Ciência, Tecnologia e Inovação; Ensino Superior; e Tecnologias de Informação e Comunicação, com vista a alcançar uma economia mais diversificada e competitiva, intensificando os sectores produtivos com o potencial para elevar a geração de renda e criação de mais oportunidades de emprego, sobretudo, para jovens.
Ainda no domínio da Ciência, Tecnologia e Inovação o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Daniel Nivagara anotou o financiamento, através do Fundo Nacional de Investigação (FNI), de 42 projectos de investigação científica e de transferência de tecnologia, nas áreas de Agricultura, Energia, Turismo e Infra-estruturas.
Como refere o ministro Nivagara, alguns dos projectos financiados geraram resultados que concorrem para a dinamização do sector produtivo nacional, sendo de destacar o controlo de pragas e doenças, mitigação e adaptação às mudanças climáticas e adopção das tecnologias apropriadas para elevar a produção agrícola; desenvolvimento de tecnologias para o processamento de produtos agrários; melhoria da produção e reversão do sexo dos alevinos para repovoamento de tanques piscícolas; e produção acelerada de alevinos de espécies de três géneros de tilápia (Mossambicus, Niótica e rendalli).
Foram, igualmente, financiadas as áreas de Saúde, Educação, Ciências Sociais, Sustentabilidade Ambiental, Ciências Marinhas e Pescas, Recursos Minerais, Água, Etnobotânica, Construção àBaixo Custo e, Tecnologias de Informação e Comunicação.
Por sua vez, a Secretária de Estado na Província de Sofala, Stella Pinto Novo Zeca, saudou o MCTES pelas acções que tem vindo a desenvolver com vista a construção de uma sociedade de soluções científicas, tecnológicas e de inovações.
“A nossa recomendação é para que continuem a aprimorar uma investigação cientifica diversificada, desenvolvendo projectos de transferência de tecnologia para resolução de problemas reais da sociedade moçambicana”, sublinhou a governante.
Recorde que o Conselho Coordenador é o órgão estatutário do MCTES que, entre outras funções, pronuncia-se sobre planos, políticas e estratégias relativas às atribuições e competências do Sector; Promove a aplicação uniforme de estratégias, métodos e técnicas com vista à realização das políticas do Sector. O mesmo órgão faz o balanço dos programas, plano e orçamento anuais do Ministério, propõe e planifica a execução das decisões dos órgãos centrais do Estado.