Um total de 345 Bolsas de Iniciação Científica foram atribuídas a estudantes dos 3º e 4º anos, de 24 Unidades Orgânicas em 12 Instituições de Ensino Superior (IES) do país, entre as quais Universidades e Institutos Superiores Politécnicos, Públicos e Privados.
Trata-se de uma iniciativa inserida no âmbito do Programa de Iniciação Científica, implementado pelas IES Públicas e Privadas, através da atribuição de uma Bolsa de Iniciação Científica aos estudantes dos 3º e 4º anos ao nível de Licenciatura, para iniciarem a sua formação científica, integrados em projectos de investigação científica à serem desenvolvidos com acompanhamento de um ou mais supervisores, por um período de tempo entre 6 à 12 meses.
Discursando por ocasião da Cerimonia de Abertura do Seminário Nacional sobre Iniciação Científica em Moçambique: Avaliação do Impacto e Relevância do Programa de Bolsas de Estudos de Iniciação Científica e Proposta de Estratégia de Sustentabilidade, a Secretária Pemanente do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Nilsa Miquidade, referiu que irá disponibilizar cerca de 500 estudantes de Instituições de Ensino Superior (IES), públicas e privadas, irão beneficiar-se de BIC, financiadas através do projecto MozSkills, na vertente de financiamento de forma competitiva de Projectos de Desenvolvimento Institucional.
Segundo Nilsa Miquidade, os Programas de Iniciação Científica constituem um dos principais mecanismos de inserção e contacto dos estudantes com a prática e produção científicas. Programas do género possuem a particularidade de estabelecerem a ligação entre a aprendizagem teórica com a experimentação, criando dessa forma os estímulos necessários para a manutenção das gerações mais novas no desenvolvimento futuro da actividade científica, tecnológica e de inovação. Os impactos dos Programas de Iniciação Científica não estão circunscritos ao espaço académico, os mesmos ultrapassam essa fronteira e permitem que os estudantes se constituam em profissionais preparados para se enquadrarem no mercado de trabalho que a cada dia vai se tornando mais exigente.
Ademais, os impactos dos Programas de Iniciação Científica não estão circunscritos ao espaço académico, os mesmos ultrapassam essa fronteira e permitem que os estudantes se constituam em profissionais preparados para se enquadrarem no mercado de trabalho que a cada dia vai se tornando mais exigente”, avançou.
Assim sendo, os Programas de Iniciação Científica permitem obter enormes ganhos para os estudantes e para o país, com a aprendizagem de metodologias de investigação científica, a publicação de artigos científicos, a transferência de conhecimento da universidade para as comunidades, entre outros.
As áreas temáticas seleccionadas para a atribuição da Bolsa de Iniciação Científica, deveram corresponder às prioridades plasmadas na Estratégia de Ciência, Tecnologia e Inovação de Moçambique (ECTIM) e, no Plano de Desenvolvimento e Capacitação de Recursos Humanos para a Ciência e Tecnologia, designadamente; Engenharia e Tecnologia; Ciências de Saúde; Ciências Agrárias; e Ciências Naturais.
Na sua alocução, a SP referiu que o número de bolsas continua muito aquém das necessidades do país, principalmente, para as áreas de Engenharia e Ciências de Saúde, que fora, aquelas que registaram números mais baixos de beneficiários.
Na ocasião, Nilsa Miquidade manifestou preocupação com o incremento à participação feminina neste processo, pois, do total das Bolsas de Iniciação Científica atribuídas, 31,3 por centos corresponde à cifra de estudantes do sexo feminino e 68,7por centos do sexo masculino.
“Reiteramos os esforços do MCTES na mobilização de mais parcerias para a implementação deste programa, cujos resultados da avaliação feita mostram que o mesmo é importante para a iniciação dos estudantes do nível de Licenciatura à pesquisa” Sublinhou.
Importa referir que durante o Seminário Nacional sobre Iniciação Científica em Moçambique, foram partilhados os resultados da avaliação, do impacto e da relevância da implementação do Programa de Iniciação Científica e, discutir-se a proposta da estratégia de implementação para a continuidade do programa, tendo em conta os desafios actuais e sustentabilidade do programa à médio e longo prazos.