Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

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por estudante do Ensino Superior

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Daniel Nivagara diz que as IES são importantes na formação do capital humano

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), Daniel Nivagara, disse na abertura do ano académico da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) que as instituições de ensino superior têm o papel fundamental no desenvolvimento do capital humano e social com competências demandadas pela Administração Pública.

Na sua intervenção, o ministro da ciência, tecnologia e ensino superior, Daniel Nivagara exortou a UEM à prosseguir com a implementação de suas inúmeras actividades e compromissos institucionais inspirando-se, sempre, no seu Lema “Educação, Excelência e Inovação”, acrescentando que por razões históricas de sua génese, de seu percurso e do seu legado institucional, a UEM deve, de facto, liderar nos processos de Educação, Inovação e Excelência no subsistema do ensino superior.

Assim, no contexto do seu Plano Estratégico 2018 – 2028, Daniel Nivagara referiu que a UEM tem como objectivo principal rumar à uma Universidade de Investigação, como alicerce dos processos de ensino-aprendizagem e extensão.

“Fazer uso da oportunidade para encorajar a UEM à seguir avante e firme, pois, em nosso entender, essa pretensão e visão institucionais, constituem uma das melhores formas da UEM, enquanto instituição de ensino superior, contribuir para a produção de conhecimento científico e para uma maior intervenção institucional no desenvolvimento de Moçambique, em geral e, do ensino superior, em particular”, avançou o dirigente.

O responsável do pelouro da ciência, tecnologia e ensino superior recordou que a ligação por excelência entre as instituições de ensino superior e a Sociedade é sobejamente garantida por via da Extensão Universitária, salientando que dentre as várias funções de uma instituição de ensino superior, uma das mais importantes é a produção de conhecimento científico e sua aplicabilidade em vários sectores da sociedade, como forma de promover o crescimento e desenvolvimento socioeconómico.

Para Nivagara, as instituições de ensino superior, caso da UEM, têm o papel fundamental no desenvolvimento do capital humano e social com competências demandadas pela Administração Pública, pelo sector produtivo e pela sociedade como um todo, premissa essa que contribuirá, grandemente, para maiores níveis de empregabilidade dos graduados, um dos objectivos centrais do nosso Programa Quinquenal do Governo 2020-2024.

Referiu ainda que à par das actividades principais de Ensino, Investigação e Extensão Universitária, as instituições de ensino superior devem, igualmente, potenciar as outras áreas importantes e estratégicas para o seu contínuo desenvolvimento e, relevância nacional e internacional, como sejam, estabelecimento de parcerias para mobilidade de docentes, investigadores e estudantes; para acesso competitivo aos fundos de desenvolvimento institucional; para acesso à repositórios e acervos.

60 anos de ensino superior em Moçambique

Na sua intervenção, Daniel Nivagara Governo avançou na ocasião que procedeu à 24 de Fevereiro passado, ao Lançamento Oficial das Celebrações dos 60 Anos do Ensino Superior em Moçambique. Pretendemos que este movimento, ora lançado, seja marcado por inúmeras actividades de cunho académico-científico, sendo que o apogeu das referidas comemorações está planificado para 29 de Junho à 01 de Julho do presente ano de 2022, quando realizar-se a Conferência Internacional sobre o Ensino Superior em Moçambique e Angola, evento que estará subordinado ao lema “Consolidar um Ensino Superior de Qualidade.

O ministro exortou à toda a comunidade académica e científica nacional à envolver-se massivamente nas diversas actividades alusivas à estas comemorações dos 60 Anos do Ensino Superior. Exortação particular vai às instituições de ensino superior, casos da UEM, aos Docentes, Investigadores, Corpo Técnico-administrativo, estudantes e todos quanto tenham interesses no Ensino Superior, para promoverem activamente estas comemorações e participarem massivamente em actividades inerentes às mesmas.

“Em nosso entender, a celebração dos 60 Anos do Ensino Superior em nosso país, deve ser, igualmente, entendida como a celebração da contribuição de cada uma das instituições do ensino superior no desenvolvimento deste subsistema de ensino, razão pela qual se encoraja que cada actor do sistema aproveite este movimento reflexivo e proceda à introspecção sobre o seu passado, presente e perspectivas futuras, como forma de gerar ideias que consolidem a relevância e qualidade de cada uma dessas mesmas instituições de ensino superior, bem como do subsistema de ensino superior como um todo”, concluiu.

Taimo que proferiu a aula inaugural por ocasião da cerimónia solene de abertura do ano académico 2022 na UEM, sob o lema “60 Anos do Ensino Superior em Moçambique: passado, presente, desafios e perspectivas”, fez notar que a ausência do financiamento público à investigação científica coloca em risco a qualidade da formação.

Para o Académico Jamisse Taimo a inexistência do financiamento público e privado para a investigação torna difícil a realização de pesquisas científicas, quer em quantidade, quer em qualidade, dificultando assim o cumprimento do papel das universidades como motor de desenvolvimento do País.

Segundo ele, parte importante dos poucos projectos de investigação conta com o financiamento externo que, por sua vez, tem suas implicações na produção de conhecimentos que respondam às necessidades e interesse nacional.

“O financiamento não pode depender dos ciclos e agendas dos doadores externos, deve existir uma estratégia de financiamento pelos fundos do Orçamento Geral do Estado para que o ensino superior cumpra efectivamente com o seu papel”, explicou.

No rol dos desafios do ensino superior em Moçambique, no actual contexto de produção de gás natural, o orador frisou que as instituições devem se posicionar como sujeitos activos no processo de maximização das oportunidades, intervindo, pelo menos, na geração de evidências científicas capazes de orientar as decisões do País à volta deste recurso e na formação de recursos humanos qualificados para as indústrias de hidrocarbonetos.

“Como sociedade, devemos ter a coragem de colocar uma parcela dos nossos recursos para o financiamento estruturado e estratégico do ensino superior com o enfoque na investigação científica. Precisamos de construir modelos de apoio aos nossos estudantes principalmente no acesso as tecnologias de informação”, sugeriu.

Por sua vez, o Reitor da UEM, Prof. Doutor Orlando Quilambo, afirmou que, ao longo dos 60 anos, a universidade registou avanços como, aumento do corpo docente e investigadores, diversificação dos cursos de graduação e pós-graduação e melhoria da qualidade de ensino.

O Reitor da UEM também mencionou que a UEM definiu a política de investigação, criação de centros de investigação, capacitações e formações de profissionais em diversas áreas, foram realizadas obras de raiz, como a conclusão da construção do campus da Escola Superior do Desenvolvimento Rural, Complexo Pedagógico II, Faculdade de Educação, entre outras.

A cerimónia de abertura do ano académico 2022 na UEM contou com a participação de reitores de universidades públicas e privadas, representantes do corpo diplomático e da sociedade civil, estudantes e outros.

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